Seguidores

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Liberdade


Devemos ter sempre presente que tudo aquilo em que acreditamos, controla-nos. Quando andamos em círculos, rodopiando em torno de pensamentos ou de acções que nos sufocam e que nos oprimem, pelo negativismo que transportam, por exemplo, críticas, julgamentos, duvidas, medos... Ou nos afundamos em situações que causam um profundo mal-estar e insatisfação, encontramos-nos prisioneiros desse negativismo, dessas mesmas situações e pensamentos. Quando o contrário surge, sentimo-nos livres, desacorrentados.
Muitos dos que procuram impacientemente a liberdade, a paz ou o amor, por exemplo, nas drogas, álcool ou no sexo, destroem-se, porque pensam ter encontrado solução neste mal imenso, o qual os separa do amor e da liberdade e os faz cair no cativeiro, onde se encontram completamente subjugados e sem liberdade.

A descoberta de que a vida é uma dávida, um dom, desejada e querida por Deus, leva-nos à descoberta de um milagre diário, isto é, o milagre do amor e do amor em liberdade: o amor entre Deus e nós e do amor entre nós e os outros.
Quem pensa que pode e consegue, de um momento para o outro, atingir a paz que Nossa Senhora fala, engana-se. Só atinge a paz que o mundo oferece e toda a gente sabe que a vida aqui no mundo é uma condição. O Verdadeiro Amor, que é Paz e Liberto é para todos, mas estes não são terrenos.

Muitos casos de rejeição, durante a vida, podem levar, alguns, a pensar que também Deus os rejeita. Há como que uma tendência em projectar a maneira de Deus reagir igual à nossa maneira mundana. O que é preciso é que o Homem experimente o Amor de Deus para ser transmitido à humanidade, convém sermos semelhantes a Jesus.

Um exemplo, é aquele em que os pais, ao educarem uma criança, lhe dizem <não>. Se a criança lhe foi mostrado e feito sentir e compreender que ē amada incondicionalmente, e que lhe é por isso que se diz "não", então a criança não tem problemas em aceirar esse não. Esta é a correcta maneira de amar uma criança. Contudo, se os pais disserem não sem o amor de Deus, a criança identifica esse não já consigo mesma. 

O problema de hoje em dia, é que uma criança, ou um filho, está muito longe de ser entendido como um amor, pois o amor é um filho. 
O que sinto pela minha mulher mais tarde ou mais cedo, formar-se há num só corpo e numa só alma, isto é, o nosso amor encarna para que habite no meio de nós na sua plenitude. Assim aconteceu com Deus perante a nossa humanidade. Ora se Deus nos concede o dom da visa, quem é o homem para subjuga-lá assim sem mais?
Temas como o aborto, não significa mais nem menos do que não deixar nascer uma vida que se faz. Pros ou contras é hipocrisia da mentalidade do homem porque argumentar a consciência ou a não consciência da criança, não convém esquecer que estamos a falar de um ser humano enquanto tal. 

Outro exemplo é a oração, ou seja, quando rezamos e Deus nos dá o que pedimos, então Deus é maravilhoso. Mas se rezarmos e não recebemos, então duvidamos do amor e da confiança de Deus.


Todo o ser humano é semelhante a Deus no dom do Amor e da Liberdade. Quem se aproximou destes dois dons, na sua totalidade, foi Nossa Senhora. Maria de Nazaré.
Como? ... 

Ela é o modelo que permite compreender em como somos semelhantes a Deus. Deste modo, devemos aproximar-nos d'ELa para A conhecermos e não termos medo de a seguir e deixarmos que Ela nos guie.

Uma vez que fomos concebidos no eterno e incondicional amor de Deus, uma vez que Ele nos criou à Sua imagem e semelhança, nos somos semelhantes a Ele no amor e na liberdade. E é nestas duas áreas que podemos ser semelhantes a Maria, em cada dia e hora do nosso quotidiano. Os seus desejos e pedidos estão enraizados na Criação. Nossa Senhora chama-nos a amar a Deus, o Pai, o Criador acima de tudo e a amar os outros da mesma forma que Deus nos ama. Somos chamados a viver no amor de Deus e a mostrar e a exprimir esse amor uns pelos outros. Não há razão para julgar, rejeitar ou ignorar alguém, porque tal como nós, todas as pessoas são dávidas.