Seguidores

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A Fé

Do Ocidente ao Oriente, a humanidade tende, ao não da sua história, a encontrar-se com a verdade e a confrontar-se com ela. Este caminho realiza-se no recinto da autoconsciência pessoal: quanto mais o homem conhece a realidade, maior a possibilidade de se conhecer a si mesmo à medida que o sentido da sua existência se vai colocando. Tanto da sua própria existência como a dos objetos.

A recomendação CONHECE-TE A TI MESMO, é a regra mínima de todo o homem, que deseje distinguir-se, no meio a criação inteira.

Quem sou eu? De onde venho e para onde vou? Porque existe o mal? Que haverá para além desta vida?

Creio que já tinha falado anteriormente destes paradigmas, mas reforçar o sentido da existência é sempre bom, fornece-nos vontade e inteligência, para alem disso, leva-nos a descobrir a nossa verdadeira entidade. São de facto questões que ardem no coração do homem e seria injusto não adquirir uma resposta.

Só o facto de perguntar de onde viemos e quem somos, nasce automaticamente a consciência do eu e a consciência que nada nasce por acaso. Tudo tem uma origem, nada nasce se não for semeado e absurdo seria eu dizer que o homem é um ser que foi feito ou criado ao acaso. Quem diz isto, não tem a noção da desvalorização que nos atribui e muito menos a noção que, quando se diz que o Homem foi feito ou criado por acaso! Então mas quem é o acaso que nos criou ou nos fez? Mas será que do nada, pode vir alguma coisa? A não ser que admitamos aqui que o nada significa tudo, e pode significar de facto, assim como a eternidade significa sem tempo, parece contra-senso. Pois a eternidade não tem inicio nem fim, e desde logo é eterno, nada lhe condiciona. Logo a eternidade existe. O tempo é que é condição dada pelo homem.
Do nada, nada pode vir que seja existencial.
A Igreja não é alheia, nem pode sê-lo, a este caminho de pesquisa. Desde que recebeu o dom da verdade ultima sobre a vida do homem, fez-se peregrina, para anunciar que Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Na base de toda reflexão feita pela Igreja, está a consciência de ser depositária de uma mensagem que tem a sua origem no próprio Deus. O conhecimento que ela propõe ao homem não provem de reflexão sua, mas de ter acolhido na fé a Palavra de Deus. Nao falamos propriamente na Bíblia Católica, mas também em todas as outras religiões que falam de um principio, de algo que nos transcende.

A Palavra tem conteúdos, é portadora de uma mensagem que o homem pode perceber, através da sua inteligência e do seu coração. 
Todas as religiões procuram a verdade... O caminho.... A vida e por fim a salvação. De facto, Deus podia simplesmente manifestar-se apenas por sinais ou suscitando sentimentos no intimo de cada um, mas resolveu munir-se do instrumento da Palavra, para nos oferecer e manifestar o nosso coração, revelando-nos o seu coração, isto é, Deus vai-se mostrando a cada um de nós. Tais sinais Deus deu aos antigos e primeiros patriarcas, Abraão, Moisés,... Até que suscita e continua a suscitar no coração do homem o seu amor, a sua eternidade. Tudo passa e só Deus fica. Trata-se de uma iniciativa completamente gratuita, que parte de Deus e vem ao encontro da humanidade para a salvar. Enquanto fonte de amor, Deus deseja dar-se a conhecer e o conhecimento que o homem adquire dEle leva à plenitude qualquer outro conhecimento verdadeiro, que a sua mente seja capaz se alcançar, sobre o sentido da própria existência. - TRANCENDENCIA.


EM QUE MEDIDA A FÉ SE RELACIONA COM O AMOR?

Só se ama aquilo que se conhece. Ou seja, o amor é posterior ao conhecimento. Sendo assim, o amor não é possível sem fé, porque é a fé que permite o conhecimento. Sem desprezarmos a razão, até podemos ter duvidas que aquilo que conhecemos seja de facto o que é, contudo, há certezas de algo que não pode deixar duvidas. Amar é um facto que não podemos duvidar porque o sentimos, é algo INTRÍNSECO a cada um de nós. Consequentemente tem de haver fé, para se aprender amar..

Toda a gente quer amar e ser amado, quer aceitar e ser aceite, dar e receber a graça da misericórdia, perdoar e ser perdoada, reconhecer e ser reconhecida pelos outros. Deus criou-nos no amor, e se não temos esse amor, sentimo-nos perdidos e sem propósito.

No universo do amor, o perdão é algo fundamental, que significa amar e por isso na base de qualquer relação, deve perdoar-se. Porque eu te amo, perdou-te. O perdão é o primeiro degrau da cura, de qualquer relacionamento. Depois de assumirmos para nos mesmos o perdão interior, é a vez de perdoar exteriormente... Nem sempre ē fácil, porém o amor de Deus é maior, logo é possível que se perdoe se estivermos conscientes deste pormenor. Só depois deste perdão encontramos o caminho limpo e suave para o amor e se não o fizermos, acabamos por chegar aos oitenta anos e perguntar: 

Que vida foi a minha? Afinal para que é que eu vivi? 


A fé em Deus, implica entregar o nosso coração. Deus dá sempre o  primeiro passo, porque nos deu o seu coração - amou-nos primeiro e perdoou-nos primeiro. De tal forma nos ama que nos mandou o Seu Filho, Jesus. Deus para entrar na razão humana, teve que se passar por Homem, só assinm poderíamos perceber e finalmente dizer que Deus está connosco. Por isso a fé implica a sermos como Jesus, que se entregou, totalmente, por nós, por amor. Consequentemente, se temos fé temos amor, podemos confiar em qualquer pessoa.